quinta-feira, 12 de novembro de 2009

O Que É Sexualidade?

O Que é Sexualidade?

Sexualidade é um assunto muito abrangente. Quando falamos de sexualidade não estamos falando somente do sexo propriamente dito, estamos falando também de amizades, sentimentos, admiração do seu próprio corpo, educação e orientação sexual e de muitos outros assuntos.
Como o assunto se refere a vários tópicos, nós escolhemos falar sobre os métodos anticoncepcionais e das doenças sexualmente transmissíveis que são dois tópicos importantes.


DST (Doença Sexualmente Transmissível)

As DST são doenças transmitidas através da ação sexual. Algumas delas são a Sífilis, AIDS, Gonorréias e a Candidíase.

· Sífilis (Cancro Duro)
Doença contagiosa e infecciosa crônica que atinge o sistema cardiovascular. Consiste em uma erosão superficial indolor. A sífilis sem tratamento pode ser fatal.

· AIDS (Síndrome de Imunodeficiência Adquirida)
Doença grave fatal e contagiosa a AIDS é transmitida pelo vírus HIV, que se pode ser adquirido por via sexual ou sanguínea. A doença se manifesta pelo desaparecimento do sistema imunológico do organismo, perda de peso e astenia.

· Gonorréia
Infecção dos órgãos genitais, a gonorréia é uma DST exclusiva da espécie humana. Os sintomas aparecem depois de 2 a 10 dias da infecção e eles podem ser, sensação de ardor ao urinar, vontade frequente de urina, corrimento turvo e denso do pênis, corrimento vaginal turvo e denso com odor desagradável, entre outros.
· Candidíase (Sapinho)
É uma das infecções genitais mais comuns. É caracterizada por coceira, ardor, dor na relação sexual, corrimento esbranquiçado cor de leite dos genitais. Muitas vezes ela não é transmitida através da relação sexual, mas por uma baixa nas defesas do organismo infectado.


Métodos Anticoncepcionais

Existem vários tipos de prevenção a gravidez e doenças sexualmente transmissíveis. Há métodos que são feitos por meio de cirurgia, existem também os preservativos (barreiras), os métodos hormonais e químicos, e os métodos comportamentais.

· Métodos de barreiras
Neste tipo de método existe a camisinha masculina, que é posta no pênis, a feminina, que é introduzida na vagina, e o diafragma que é uma pequena cúpula feita de látex que é introduzida na vagina bloqueando a entrada do útero.

· Métodos hormonais e químicos
Neste método existem vários meios de fazer com que a mulher não engravide, mas eles não são preventivos as doenças sexualmente transmissíveis. Existem o método injetáveis, onde a mulher recebe uma quantidade de hormônio que evitam a gravidez em um certo período, o método de implante, no qual se implanta pequenos bastões que liberam hormônios, o método da pílula do dia seguinte, que é fortemente combatido pela igreja e só deve ser utilizado em casos de emergência, pois pode desregular o ciclo menstrual, e o DIU (dispositivo intra-uterino), que é uma peça de plástico banhada de cobre posta pelo médico que impede a gravidez da mulher.

· Métodos Comportamentais
Esses métodos são baseados no comportamento de quem pratica a relação sexual. A Tabelinha, um dos métodos comportamentais, é um método em que é feita uma tabela baseada no ciclo menstrual da mulher e ela só poderá ter relações sexuais nos dias em que ela não está no período fértil. O Coito Interrompido é quando o homem retira o pênis da vagina antes de ejacular, mas o líquido pré-ejaculatório expelida pelo pênis antes da ejaculação com objetivo de lubrificar pode conter espermatozóides, engravidando a mulher. Muco ou Billings é o método em que a mulher introduz o dedo na vagina a fim de perceber a umidade vaginal e assim saber se está ou não no período fértil.

· Métodos Cirúrgicos
Esses dois métodos são irreversíveis e por isso só é recomendado fazer após os 25 anos ou com pessoas que já tenham dois filhos e que esses filhos estejam vivos. A Laqueadura ou Ligamento de Trompas é uma cirurgia em que a mulher tem suas amarradas ou cortadas não tendo assim a ligação entre o útero e os óvulos. A Vasectomia é feita no homem e nela o ducto deferente é cortado fazendo com que os espermatozóides não possam chegar até o esperma.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Características do México e do Canadá








Características do México e do Canadá






















Olinda, 3 de Setembro de 2009.
Academia Santa Gertrudes.
Aluno: Pedro Henrique Didier Andrade Santos
Nº: 33
Professora: Flávia
Série: 7º A











Características do México e do Canadá























Introdução







Este trabalho que foi passado pela professora de Geografia, fala sobre características físicas e econômicas de dois países da América do Norte, o Canadá e o México. Nas características físicas são abordados pontos como relevo, hidrografia, clima e vegetação; E na característica econômica é abordada a economia principal.


























México








México é o país mais ao Sul da América do norte. Ele tem como Distrito Federal a Cidade do México que é um centro econômico e político nos Estados Unidos Mexicanos, ou México e se situa no centro sul dele. A Cidade do México é uma das maiores metrópoles do mundo.



O México possui uma das maiores economias da América Latina e é a 12º mundialmente. Economicamente os Estados Unidos Mexicanos se baseiam em comércio, indústria, agricultura e exploração de mineiras. Na agricultura alguns principais produtos são o algodão, a cana-de-açúcar, a cevada, o feijão, o arroz, o abacaxi, entre vários outros. Os produtos originados da extração são petróleo, ferro, manganésio, zinco, sal, ouro, prata, enxofre, cobre e vários outros. Os produtos industriais são os de transporte, bebidas, têxteis e alimentos. O México tem como principais parceiros de comércio os EUA, Canadá, Brasil, Japão, Canadá, Alemanha e Espanha.



O México é formado grande parte pelo planalto mexicano que é rodeado por duas montanhas a Sierra Madre Ocidental e a Sierra Madre Oriental. Mais ao centro fica o planalto de Anáhuac, onde se situa a capital mexicana. O México não tem uma grande bacia hidrográfica como o Brasil em parte por causa do relevo que é tem como característica predominante o planalto e também em parte por causa de possuir um clima árido e semi-árido. O rio de mais importância no México é o rio Bravo que deságua no golfo do México na forma de um grande delta.



A vegetação do país é diversificada, no sul as florestas são exuberantes diferentemente do norte aonde a vegetação vai se “extinguindo” e se tornando desértica. O clima predominante é o árido e semi-árido onde no inverno tem temperaturas negativas, já no Iucatán e na costa leste o clima é o tropical úmido, é nesta região onde se tem furacões no verão.










Canadá








Canadá é o país mais ao norte da América do Norte e é o segundo país com a maior extensão territorial mundialmente. Ele só faz fronteira com os Estado Unidos e tem como capital Ottawa. Ottawa fica na região sudeste do Canadá e é a sua quarta maior cidade. Atualmente o Canadá tem uma das economias mais desenvolvidas do mundo. A economia canadense se baseia no capitalismo. Depois da Primeira Guerra Mundial houve no Canadá um grande desenvolvimento nos setores secundários e terciários. Hoje o grande problema do Canadá é que as pessoas depois de se formarem vão procurar emprego nos Estados Unidos onde os salários são maiores e os impostos menores.



O clima canadense varia muito dependendo da região, no sul o clima é temperado, com as quatro estações bem definidas, porém no norte o clima predominante é o polar, com invernos rigorosos e verões curtos. Em todo o país pode-se nevar, contudo no extremo norte a temperatura pode chegar até -50°C.



Assim como o clima, a vegetação no Canadá varia conforme a região. No extremo norte, onde predomina o clima polar, tem a Tundra. No sul tem a Floresta Boreal. Na região das Montanhas Rochosas tem a vegetação de altitude e ao oeste se encontra a Floresta Temperada.



Quase 50% do Canadá é formado pelo Escudo Canadiano que é uma região de terreno ondulado onde se situa vários rios importantes que são utilizados para a produção de energia hidroelétrica. Na parte oeste do Canadá se encontra as Montanhas Rochosas que tem seu ponto culminante no Canadá no Monte Robson.



A hidrografia canadense tem como base a bacia hidrográfica dos Grandes Lagos, o maior reservatório de água doce do mundo e também onde se encontra maior parte da população canadense. Um rio importante é o Rio São Lourenço, rio que faz a ligação dos Grandes Lagos com o Oceano Atlântico, este rio faz a divisa do Canadá com os Estados Unidos e cruza cidades importantes como Ontário e Quebec.







Conclusão





Este trabalho foi bom, pois pudemos aprender mais sobre os aspectos físicos e econômicos do México e do Canadá, os dois países da América do Norte que ainda não havíamos estudado.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Geografia




  • As sub-regiões do Nordeste: Zona da Mata, Agreste, Sertão e Meio-Norte





  • O Complexo de SUAPE - Características Gerais





  • A transposição do ''Velho Chico''


























Grupo: Maria Eduarda, Mariana, Pedro Henrique, Rayana Marques, Tainá Carretta e Thiago Lucas.







Fontes: Wikipédia, Fichário Online e SUAPE.










As Sub-Regiões do Nordeste






Formada pelos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe, a maior parte desta região está em um extenso planalto, antigo e aplainado pela erosão. Em função das diferentes características físicas que apresenta, a região encontra-se dividida em sub-regiões: meio-norte, zona da mata, agreste e sertão.








  • Zona da Mata





Predominantemente na mata atlântica, é uma área litorânea de clima tropical úmido com grande quantidade de chuvas e que possui alto nível de urbanização. Nessa região se concentra os principais centros regionais do Nordeste. No setor agrícola destaca-se as grandes propriedades de tabaco, cana-de-açúcar e cacau. Existe uma larga produção agrícola, devido a terra ser altamente produtiva - solo massapê. Nos últimos anos nessa região tem ocorrido crescimento industrial, impulsionado por incentivos fiscais, porém ainda há muitos problemas sociais.






Na época colonial, instalou-se nessa área o empreendimento açucareiro escravista. As condições ecológicas são ideais para o cultivo da cana. Os solos, férteis e escuros, conhecidos como massapê(apresenta coloração cinza-escuro e tem grande quantidade de argila), cobrem os vales dos rios, que ficaram conhecidos como "rios do açúcar". Vários desses rios são temporários, pois suas nascentes localizam-se no interior do semi-árido.No início da colonização, a Zona da Mata não era dominada completamente pelas plantações de cana. A população das cidades e das fazendas necessitava de alimentos. Por isso, uma parte das terras ficava reservada para culturas de milho, mandioca, feijão e frutas. Também existiam pastagens para a criação de gado. Essas terras eram os tabuleiros, áreas um pouco mais elevadas situadas entre os vales de dois rios. Como os solos dos tabuleiros são menos úmidos e mais pobres que o massapê, não eram usados para o plantio da cana. Assim, inicialmente, toda a produção agrícola e até a pecuária localizavam-se na faixa úmida do litoral, onde se instalaram sítios familiares produtores de alimentos e fazendas de gado. Mas a produção de cana crescia à medida que aumentavam as exportações de açúcar para a Europa. As sesmarias se dividiam entre os herdeiros dos primeiros proprietários. Cada um deles criava novos engenhos, que necessitavam de mais cana. Depois, os sítios foram comprados pelos fazendeiros e as culturas de alimentos foram substituídas por novas plantações de cana.






Muita coisa mudou na Zona da Mata desde a época colonial. A escravidão deu lugar ao trabalho assalariado dos bóias frias. Os antigos engenhos foram substituídos por usinas de açúcar e álcool.Mas a cana permaneceu como produto principal da faixa litorânea do Nordeste.O principal motivo dessa permanência esta na força política dos proprietários de usinas e fazendas. Durante o século XX, a produção de cana, açúcar e álcool do Centro-Sul evoluiu tecnicamente, superando a produção da Zona da Mata. Mas os usineiros sempre conseguiram ajuda do governo federal ou dos governos estaduais, sob a forma de empréstimos, perdão de dívidas ou garantia de preços mínimos. Dessa forma, impediram a diversificação da agricultura do litoral nordestino.Isso não significa que a cana seja a única cultura da Zona da Mata. No litoral da Bahia, principalmente na área do Recôncavo Baiano, nas proximidades de Salvador, aparecem importantes culturas de tabaco. No sul da Bahia, na área das cidades de Ilhéus e Itabuna, concentram-se as fazendas de cacau. Além disso, a produção de frutas vem adquirindo importância na Zona da Mata. Há várias frutas nativas do Nordeste - como o caju, o cajá, a mangaba e a pitanga - que servem para fazer deliciosos sucos e doces.








Por Mariana Caetê





  • Agreste





Agreste (do latim: relativo ao campo, campestre) designa uma área na Região Nordeste do Brasil de transição entre a Zona da Mata e o Sertão, que se estende por uma vasta área dos estados brasileiros da Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte. A área ocupada pelo Agreste situa-se numa estreita faixa, paralela à costa. Possui como características principais solos profundos com relevo extremamente variável, associados a solos rasos (litossolos), solos relativamente férteis, vegetação variável com predominância de vegetação caducifólia (decídua). É uma área sujeita a secas, cuja precipitação pluviométrica varia entre 300 e 1200 mm/ano, oscilando predominantemente entre 700 e 800 mm/ano.






Possui solo essencialmente pedregoso, rios temporários, vegetação rala e tamanho pequeno (mirtáceas, combretáceas, leguminosas e cactáceas). Tecnicamente o agreste junto ao sertão compõem o ecossistema denominado caatinga.Possui, por ser marcadamente terreno de transição, áreas onde há maior umidade, os brejos.O principal acidente geográfico da região é o planalto da Borborema, que apresenta vegetação tropical e florestada,consorciada com o clima úmido nas áreas altas e região da encosta leste, e vegetação de caatinga,consorciada com o clima semi-árido e seco, nas áreas baixas ao centro e oeste do planalto.






A estrutura fundiária do Agreste é basicamente formada por pequenas e médias propriedades onde se pratica a policultura, freqüentemente associada à pecuária extensiva e bacia leiteira. Por estar fora da região de influência litorânea,predominando no interior nordestino, está sujeita às estiagens cíclicas, de forma que boa parte da população aí existente depende essencialmente do regime de chuvas, que são irregulares e rios temporários.A Associação Plantas do Nordeste (APNE), entidade não-governamental com parceria dos Jardins Botânicos Reais de Kew, da Inglaterra, e do CNPq, tem desenvolvido estudos visando um aproveitamento sustentável da flora local, bem como seu estudo e preservação.







Planalto da Borborema, no Agreste












Por Rayana Marques









  • Sertão

    O sertão é uma região geográfica caracterizada pela presença de clima semi-árido, vegetação de caatinga, irregularidade de chuvas, solos secos e rios intermitentes ou temporários. O sertão nordestino compreende as áreas mais secas e distantes do litoral leste do Brasil, situadas nos estados do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia. Apenas no Ceará e no Rio Grande do Norte o sertão chega até o litoral. O chamado Polígono das Secas totaliza 936.933km2.





As superfícies aplainadas são, em geral, cobertas por caatingas, formação vegetal onde predominam arbustos de folhas decíduas; são também abundantes as cactáceas e as bromeliáceas. Nos brejos onde há água durante todo o ano, localizados ora em trechos altos e expostos aos ventos úmidos de sudeste, como a serra Negra, em Pernambuco, ora ao sopé das baixadas sedimentares, como o vale do Cariri, no Ceará, dominava densas formações florestais, hoje substituídas por culturas de mandioca, cana-de-açúcar e árvores frutíferas.






A densidade demográfica no sertão nordestino é baixa e varia de 5 a 25 habitantes por quilômetro quadrado. Grandes propriedades ali se localizam, quase todas dedicadas à pecuária extensiva e à agricultura.






A palavra Sertão tem origem durante a colonização do Brasil pelos portugueses. Ao saírem do litoral brasileiro e se interiorizarem, perceberam uma grande diferença climática nessa região semi-árida. Por isso a chamavam de "desertão", ocasionado pelo clima quente e seco. Logo, essa denominação foi sendo entendida como "de sertão", ficando apenas a palavra Sertão.






Os caminhos de boiadas assim criados permitiram a articulação e o intercâmbio entre o litoral nordestino e o interior, dando origem a diversas cidades. O rio São Francisco constituiu uma via natural de entrada para o sertão, ampliando a extensão da área envolvida nessas trocas. No Sertão Nordestino existem povoados inteiros que passam fome e vivem em absoluta miséria, sem condições de reverter tal situação apenas com recursos próprios.









Sertão. Destaque para a pobreza e a caatinga no fundo.

Por Tainá Carretta










  • Meio-Norte


Abrange os estados do Piauí e o Maranhão. Do ponto de vista natural, é uma sub-região entre o Sertão semi-árido e a Amazônia equatorial. Essa sub-região apresenta clima tropical, com chuvas intensas no verão. No sul doPiauí e do Maranhão, aparecem vastas extensões de cerrado. No interior do Piauí existem manchas de caatinga. No oeste do Maranhão, começa a floresta equatorial. Por isso, nem todo o Meio-Norte encontra-se no complexo regional nordestino: a parte oeste do Maranhão encontra-se na Amazônia. O Meio-Norte exibe três áreas diferentes, tanto pela ocupação como pela paisagem epelas atividades econômicas. O sul e o centro do Piauí, dominados pela caatinga, parecem uma continuação do Sertão. Essa área foi ocupada pela expansão das fazendas de gado, que vinham dointerior de Pernambuco e do Ceará. A atividade pecuarista foi a responsável pela fundação de Teresina, a única capital estadual do Nordeste que não se localiza no litoral. O Vale do Parnaíba é uma área especial. Recoberto pela Mata dos Cocais, tornou-se espaço de extrativismo vegetal do óleo do babaçu e da cera da carnaúba. Essas palmeiras não são cultivadas. A exploração dos seus produtos consiste apenas no corte das folhas da carnaúba e em recolher os cocos do babaçu que despencam da árvore. Nas áreas úmidas do norte do Maranhão, situada já nos limites da Amazônia, formaram-se fazendas policultoras que cultivam o arroz como principal produto. As chuvas fortes e as áreas semi alagadas das várzeas dos rios Mearim e Pindaré apresentam condições ideais para a cultura do arroz.



Por Thiago Lucas








O Complexo de Suape

O Complexo Industrial e Portuário de Suape é o mais completo pólo para a localização de negócios industriais da Região Nordeste. Tendo a infra-estrutura completa para atender às necessidades dos mais variados empreendimentos, o complexo está atraindo muito mais empresas interessadas em colocar o produto no mercado regional ou exportá-los para outros países.






Como o Pernambuco está no centro do Nordeste transforma Suape em um centro concentrador e distribuidor de cargas para toda a América do Sul.

Mais de 70 empresas já se instalaram ou está em processo de implantação no Complexo Industrial, representando investimentos de US$ 1,7 bilhão. Além de infra-estrutura adequada, essas empresas contam ainda com incentivos fiscais, oferecidos pelo governo estadual e municipal, com objetivo de estimular a geração de empregos e incrementar a economia regional.

O pólo agrega uma multimodalidade de transportes, através de rodovias e ferrovias internas, aliadas a um porto de águas profundas com redes de abastecimento de água, energia elétrica, telecomunicações e gás natural instaladas em todo o complexo.








Por Pedro Didier

A Transposição do São Francisco






Nomeado pelo governo brasileiro como "Projeto de Integração do Rio São Francisco com Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional", o polêmico e antigo projeto consiste na transposição de parte das águas do rio São Francisco. É um empreendimento do Governo Federal, sob responsabilidade do Ministério da Integração Nacional – MI e orçado atualmente em R$ 4,5 bilhões. Tem por objetivo irrigar o semi-árido com a construção de dois canais:






Eixo Norte: Constitui-se em um percurso de cerca de 400 km, com captação de águas próximo a Cabrobó-PE. As águas serão transpostas aos rios Salgado e Jaguaribe até os reservatórios de Atalho e Castanhão no Ceará; ao Rio Apodi, no Rio Grande do Norte; e Rio Piranhas-Açu, na Paraíba, chegando aos reservatórios de Engenheiro Ávidos e São Gonçalo-PB e Armando Ribeiro Gonçalves, Santa Cruz e Pau dos Ferros-RN. Em Pernambuco, a disponibilização de água atenderá a demanda dos municípios banhados pelas bacias dos rios Brígida, Terra Nova e Pajeú. No Brígida, uma ramificação do canal com 110 km de extensão conduzirá parte das águas até os açudes de Entre Montes e Chapéu.






Eixo Leste: As águas deste eixo percorrerão a distância de 220 km, a partir da barragem de Itaparica, em Floresta-PE, alcançando o rio Paraíba e atingindo os reservatórios existentes nas bacias receptoras: Poço da Cruz-PE e Epitácio Pessoa-PB. Ramificações transferirão parte da vazão para as bacias do rios Pajeú e Moxotó e para o agreste de Pernambuco, através de um ramal de 70 km que interligará o Eixo Leste à bacia do rio Ipojuca.






A engenharia da integração consiste em canais de terra abertos, revestidos por uma membrana plástica impermeável e recobertos por concreto. Nas regiões de travessia de riachos e rios serão construídos aquedutos. Para ultrapassar regiões de maior altitude, serão construídos túneis. Para chegar ao seu destino, as águas devem vencer barreiras impostas pelo relevo: nove estações de bombeamento para elevar a água serão construídas. Serão construídas ainda 30 barragens ao longo dos canais, que funcionarão como reservatórios de compensação para permitir o escoamento da água.










  • História

    A idéia de transposição das águas existe desde a época de Dom Pedro II, já sendo vista como única solução para a seca do nordeste, mas não foi iniciada por falta de recursos de engenharia. Ao longo do século XX, a transposição do São Francisco continuou a ser vista como a solução para o acesso à água no Nordeste, sendo retomada em 1943 por Getúlio Vargas. O primeiro projeto consistente surgiu no governo João Batista de Oliveira Figueiredo após a maior estiagem da história (1979-1983), executado pelo Departamento Nacional de Obras Contra a Seca. Em agosto de 1994, o presidente Itamar Franco enviou um Decreto ao Senado, declarando ser de interesse da União estudos sobre o potencial hídrico bacias das regiões Semi-Áridas dos Estados do Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba. Fernando Henrique Cardoso, ao assumir o governo, assinou o documento "Compromisso pela Vida do São Francisco", propondo a revitalização do Rio e a construção dos canais de transposição: o Eixo Norte, o Eixo Leste, Sertão e Remanso. Previa ainda a transposição do Rio Tocantins para o Rio São Francisco. Tais projetos não foram adiante. Durante o primeiro mandato do Presidente Lula, o governo federal contratou as empresas Ecology and Environment do Brasil, Agrar Consultoria e Estudos Técnicos e JP Meio Ambiente para reformularem e continuarem os estudos ambientais para fins de licenciamento do projeto pelo Ibama. Estas empresas foram responsáveis pelos Estudos de Impacto Ambiental - EIA e pelo Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), apresentados em julho de 2004, que contêm a versão atual do projeto. Em julho de 2007, o Exército Brasileiro iniciou as obras do Eixo Leste.












  • Relatório de Impacto Ambiental (RIMA)




O RIMA relatou 44 impactos ambientais. Destes, 25 foram considerados os principais. São eles:





Impactos positivos:









  1. Aumento da água disponível e diminuição da perda devido aos reservatórios.




  2. Geração de cinco mil empregos durante a construção da obra, sobretudo nas cidades onde serão implantados os canteiros de obras. Entretanto, ao término das obras, não haverá um impacto significativo em termos de geração de empregos.




  3. Aumento a renda e o comércio das regiões atingidas. Durante a obra, haverá grande incremento no comércio e renda nas cidades que abrigarão os canteiros de obra. A longo prazo, a elevação do emprego e renda virão da agricultura irrigada e da indústria que serão conseqüência da transposição.




  4. Abastecimento de até 12,4 milhões de pessoas das cidades, através de sistemas de abastecimento urbano já implantados, em implantação ou em planejamento pelas autoridades locais.




  5. Abastecimento rural com água de boa qualidade. O projeto prevê a construção de chafarizes públicos em 400 localidades urbanas do sertão inseridas na região do projeto que não possuem sistema de abastecimento adequado.




  6. Redução de problemas trazidos pela seca, como a escassez de alimentos, baixa produtividade no campo e desemprego rural.




  7. Irrigação de áreas abandonadas e criação de novas fronteiras agrícolas.




  8. A qualidade da água dos rios e açudes das regiões receptoras será beneficiada com as águas do São Francisco.




  9. A oferta de água irá ajudar a fixar cerca de 400 mil pessoas no campo.




  10. Redução de doenças e óbitos gerados pelo consumo de água contaminada ou pela falta de água.




  11. Redução da pressão na infra-estrutura de saúde devido à diminuição dos casos de das doenças trazidas pelas águas impróprias.




Impactos negativos:









  1. Perda do emprego da população nas regiões desapropriadas e dos trabalhadores ao término das obras.




  2. Modificação nos ecossistemas dos rios da região receptora, alterando a população de plantas e animais aquáticos.




  3. Risco de redução da biodiversidade das comunidades biológicas aquáticas nativas nas bacias receptoras.




  4. Introdução de tensões e riscos sociais durante a fase de obra. No início das obras, prevê-se a perda de emprego e renda nas áreas rurais devido às desapropriações e a remoção da população das regiões onde passarão os canais.




  5. A desapropriação das terras e o êxodo das regiões atingidas alterará o modo de vida e os laços comunitários de parentesco e compadrio, que são muito importantes para enfrentar as condições precárias de vida de muitas comunidades.




  6. Circulação de trabalhadores por terras indígenas de duas etnias: Truká e Pipipã, gerando interferências indesejáveis.




  7. Pressão na infra-estrutura urbana nas cidades que irão receber os trabalhadores, aumentando a demanda por moradia e serviços de saúde.




  8. A região do projeto possui muitos sítios arqueológicos, colocando-os em risco de perda deste patrimônio devido às escavações, nas áreas a serem inundadas pelos reservatórios e no curso dos rios cujo volume será aumentado.




  9. Desmatamento de 430 hectares de terra com flora nativa e possível desaparecimento do habitat de animais terrestres habitantes destas regiões. As espécies da flora mais relevantes são Caatinga Arbórea e a Caatinga Arbustiva Densa.




  10. Introdução de espécies de peixe prejudiciais ao homem na região, como piranhas e pirambebas, que se alimentam de outros peixes e se reproduzem em água parada.




  11. A diminuição dos volumes dos açudes provocará a redução biodiversidade de peixes.




  12. Alguns rios não têm capacidade para receber o volume de água projetado, inundando os riachos paralelos.




  13. Modificação no regime fluvial do Rio São Francisco.




  14. Redução da geração de energia elétrica no Rio São Francisco.




É necessário reafirmar que não é calculável em valores exatos os danos totais que este projeto poderia causar.





O RIMA propõe ainda 24 programas ambientais a serem implementandos, com a função de prevenção, atenuação e correções de impactos, bem como para monitorar e acompanhar as mudanças ambientais na região.









  • As controvérsias sobre o projeto




A polêmica criada por esse projeto tem como base o fato de ser uma obra cara que abrange somente 5% do território e 0,3% da população do semi-árido brasileiro, que, quando concretizada, afetará intensamente o ecossistema ao redor de todo o rio São Francisco. Há também o argumento de que essa transposição só vai ajudar os grandes latifundiários nordestinos, pois grande parte do projeto passa por grandes fazendas. A discussão dá-se sobretudo pela destinação do uso da água: os críticos do projeto alegam que ela será retirada de regiões onde a demanda para uso humano e dessendentação animal é maior do que na região de destino, sendo a finalidade última da transposição disponibilizar água para a agroindústria e a carcinicultura. Além disso, o ponto de captação do eixo norte situa-se no território indígena Truká.










Por Maria Eduarda Cardoso